Dia Mundial do Leproso (27 Janeiro)
26 Janeiro 2013
“Jesus estendeu a mão e tocou-o” (S. Marcos 1, 40-45)
O gesto afectuoso de Jesus, que se aproxima dos leprosos para os reconfortar e curar, tem a sua expressão plena e misteriosa na Sua Paixão. Torturado e desfigurado pelo suor de sangue, pela flagelação, pela coroação de espinhos, pela crucifixão, abandonado por aqueles que esqueceram o bem que Ele lhes tinha feito, na Sua Paixão Jesus identifica‑Se com os leprosos. Torna-se a Sua imagem e símbolo, como o profeta intuíra ao contemplar o mistério do Servo do Senhor: ‘Vimo-lo sem beleza nem formosura, desprezado e evitado pelos homens, como homem […] diante do qual se tapa o rosto. […] Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado’ (Is 53,2-4). Mas é precisamente das feridas do corpo torturado de Jesus e do poder da Sua ressurreição que brotam a vida e a esperança para todos os homens atingidos pelo mal e pela enfermidade.
A Igreja sempre foi fiel à sua missão de anunciar a palavra de Cristo, unida a gestos concretos de misericórdia solidária para com os mais humildes, para com os últimos. Ao longo dos séculos, tem havido um crescendo de dedicação impressionante e extraordinária às pessoas afectadas pelas doenças humanamente mais repugnantes. A história põe claramente em evidência que os cristãos foram os primeiros a preocupar-se com o problema dos leprosos. O exemplo de Cristo fez escola, e deu muitos frutos em actos de solidariedade, de dedicação, de generosidade e de caridade desinteressada.
Beato João Paulo II (1920-2005), numa Homilia aos jovens.