Patriarcado de Lisboa em caminho sinodal

Caríssimos diocesanos,

Em Domingo da Santíssima Trindade, celebramos o Dia da Igreja Diocesana, na etapa conclusiva do ano pastoral e anunciando já o próximo. (…)

O ser e o acontecer da Igreja no mundo e para o mundo constituem o ponto essencial de reflexão e celebração neste Dia da Igreja Diocesana e igualmente da caminhada sinodal que iniciamos. Com o programa – calendário diocesano agora distribuído, vai também o “guião zero”, com a informação necessária sobre os objectivos e os métodos dessa caminhada, que a todos empenhará até ao final de 2016, data em que se comemoram três séculos da qualificação patriarcal de Lisboa – ligada então, pelo Papa Clemente XI, ao esforço na propagação da fé.

Agradeço à comissão preparatória do Sínodo Diocesano o trabalho feito e agora oferecido com este guião, bem como os guiões que se seguirão, trimestre a trimestre, para apoiar a reflexão e ensaio que, sem dispensar o compromisso geral e de cada um, passarão necessariamente pelas comunidades cristãs da Diocese.

Na verdade, é o próprio Papa Francisco, grande motivador do caminho que seguiremos, a indicar o objectivo e a base da acção. Quanto ao primeiro, expressa-se como “sonho missionário de chegar a todos” (Evangelii Gaudium, 31). Quanto à segunda, escreve também: “Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG, 20).

A vários níveis se levará por diante tal desiderato. Na sequência do que vos disse na Missa Crismal deste ano, o caminho sinodal percorrerá capítulo a capítulo e tempo após tempo, a exortação apostólica do Papa Francisco, juntando reflexão e ensaio missionário. Surgirão novidades certamente. Mas o mais que se fará é alargar criativamente o âmbito e a incidência do que normalmente se faz, pessoalmente e nas famílias, nas comunidades e nos departamentos diocesanos, para chegar mais longe no anúncio evangélico e mais fundo no seu alcance.

Ao Papa, que tem este desígnio tão entranhado que lhe brotam constantemente as referências, devemos não só a indicação mas também a sugestão de como senti-la e activá-la. Incluo apenas algumas referências mais próximas, particularmente motivadoras para o nosso caminho sinodal (cf. L’Osservatore Romano, edição portuguesa, 22 de Maio de 2014, p. 10­‑11):

Como quando fala da transcendência da evangelização, enquanto saída de si próprio, em movimento interior para Deus e exterior para os outros: “Para mim, a evangelização exige sair de si mesmo; requer a dimensão do transcendente: o transcendente na adoração de Deus, na contemplação, e o transcendente para com os irmãos, para com o povo. Sair de si, sair!”

Explicitando depois o que entende por esta “saída”: “Sair significa chegar, ou seja, proximidade. Se não saíres de ti mesmo, não terás proximidade! Proximidade, estar próximo das pessoas, próximo de todos aqueles de quem devemos estar próximos.”

Saída que tem como alvo as periferias, palavra que o Papa repete insistentemente: “Outra categoria que gosto de usar é das periferias. Quando se sai não se deve chegar só a meio caminho, mas ir até ao fim. Alguns dizem que se deve começar a evangelização pelos mais distantes, como fazia o Senhor…”

Julgo que estas duas palavras – saída e periferias – podem e devem caracterizar todo o nosso caminho sinodal. A saída em relação a Deus, na oração, e a saída em relação aos outros, na acção, estimulam-se mutuamente, pois quem se aproxima de Deus descobre e aprofunda o amor divino por todas as suas criaturas, isso mesmo que é a caridade. (…)

As periferias como alvo, também se tornam critério principal. – Na minha família, no meu prédio, na minha rua, quem está mais só, mais afastado ou esquecido? – Na minha escola, na minha empresa, seja onde for, quem está mais isolado, menos acompanhado ou pouco atendido? – Na sociedade, na economia, na cultura, quem está mais “longe” da verdade evangélica das coisas, por omissão sua ou nossa? (…)

† Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa
15 de Junho de 2014

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