(Lusa)
Roma, 25 jan 2015 (Ecclesia) — O Papa presidiu hoje em Roma a uma celebração de oração para encerrar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, na qual recordou o “ecumenismo de sangue” dos que são perseguidos pela sua fé em Jesus.
“Neste momento de oração pela unidade, gostaria de recordar os nossos mártires hoje. Eles dão testemunho de Jesus Cristo e são perseguidos e mortos, porque são cristãos, sem fazer distinção, por parte dos perseguidores, da confissão à que pertencem: são cristãos e por isso são perseguidos. Este é, irmãos e irmãs, o ecumenismo do sangue”, declarou, na homilia que proferiu na Basílica de São Paulo fora de muros.
Perante fiéis da diocese de Roma e representantes de diversas Igrejas e comunidades eclesiais presentes na capital italiana, o Papa recordou que Jesus ensinou a ir ao encontro de “quem é diferente”.
“Jesus é paciente, respeita a pessoa que tem à sua frente, revela-se-lhe progressivamente. O seu exemplo encoraja a procurar um confronto sereno com o outro”, precisou.
Nesse sentido, Francisco defendeu que é possível “superar muitas controvérsias entre cristãos, herdadas do passado”, pondo de lado “qualquer atitude polémica ou apologética”.
“Temos de reconhecer que, para se chegar à profundeza do mistério de Deus, precisamos uns dos outros, encontrando-nos e confrontando-nos sob a guia do Espírito Santo, que harmoniza as diversidades e supera os conflitos”, acrescentou.
O Papa insistiu na necessidade de um compromisso comum no anúncio do Evangelho, para “superar qualquer forma de proselitismo e a tentação da competição”.
“Estamos todos ao serviço do único e mesmo Evangelho”, prosseguiu.
Francisco convidou as várias Igrejas a descobrirem o património da Vida Consagrada como sinal da comunhão em Cristo que “ultrapassa todas as diferenças” e é feita de “opções concretas de receção e diálogo”.
De manhã, antes da oração do ângelus na Praça de São Pedro, o Papa tinha feito uma primeira alusão à iniciativa anual de oração pelo ecumenismo, considerando “feio” que os cristãos estejam separados”.
“Aquilo que Jesus queria era a unidade de todos. O diabo, como sabemos, é o pai das divisões”, alertou.
OC
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