Que pastor é o nosso?
2 Maio 2020
Na nossa cultura urbana, a figura do “Pastor” é uma figura de outras eras, que pouco evoca, a não ser um mundo perdido de quietude e de amplos espaços verdes; em contrapartida, conhecemos bem a figura do presidente, do líder, do chefe: não raras vezes, é alguém que se impõe pela força, que manipula as massas, que escraviza os que estão sob a sua autoridade, que se aproveita dos fracos, que humilha os mais débeis… Ao propor-nos a figura bíblica do “Bom Pastor”, o Evangelho convida-nos a reflectir sobre o serviço da autoridade… Propõe como modelo de presidência (ou de “Pastor”) uma figura que oferece a vida, que serve, que respeita a liberdade das pessoas, que se dedica totalmente, que ama gratuitamente.
Para os cristãos, “o Pastor” por excelência é Cristo: Ele recebeu do Pai a missão de conduzir o “rebanho” de Deus das trevas para a luz, da escravidão para a liberdade, da morte para a vida.
O nosso “Pastor” é, de facto, Cristo, ou temos outros “pastores” que nos arrastam e que são as referências fundamentais à volta das quais construímos a nossa existência?
O que é que nos conduz e condiciona as nossas opções?
Cristo?
A voz do política e socialmente correcto?
A voz da opinião pública?
A voz do presidente do partido?
A voz do comodismo e da instalação?
A voz do preservar os nossos esquemas egoístas e os nossos privilégios?
A voz do êxito e do triunfo a qualquer custo?
A voz do herói mais giro da telenovela?
A voz do programa de maior audiência da estação televisiva de maior audiência?
In site Dehonianos