Penitência e Renúncia Quaresmal
2 Março 2013
Porque na nossa Paróquia muita gente ainda não sabe…
Nota de esclarecimento: Penitência e Renúncia Quaresmal
A Quaresma convida-nos a fazer caminho para que, de Páscoa em Páscoa, nos dirijamos para a Páscoa que não passa, a Páscoa da eternidade, participação plena da Páscoa de Jesus Ressuscitado. A espiritualidade da Quaresma põe sempre diante da Igreja o mistério da morte do Senhor com a sua força redentora. É a certeza da fé desabrochada da vitória do Crucificado que nos chama a viver cada Quaresma como um tempo de graça através de uma renovada conversão ao amor a Deus e aos outros. Entre os meios favoráveis a esta conversão ou purificação encontram-se as grandes “obras”da Penitência, que implicam tanto o corpo como o espírito: a Oração, o Jejum e a Esmola.
A tradicional Mensagem de Quaresma que todos os anos o Papa dirige a toda a Igreja e as Mensagens dos bispos que a particularizam na sua aplicação às Igrejas Diocesanas, destinam-se a estimular os cristãos a viverem a Quaresma com verdadeiro empenho de conversão na esperança da renovação pascal.
De acordo com as exigências da expressão pública e actualizada da prática da esmola, enquanto “obra de penitência” tornou-se comum, depois do Concilio Vaticano II (já lá vão 50 anos!!!) dar a este gesto o nome de Renúncia quaresmal. O espírito desta prática vai muito para além da ideia de um “ofertório especial” para esta ou aquela necessidade concreta e local nos projectos das comunidades paroquiais; trata-se de materializar de forma consciente o sentido de conversão para dar corpo ao testemunho da caridade. É sempre o bispo que define o destino anual a dar ao fruto desta Renúncia, que é distribuída para socorrer situações mais urgentes de pobreza ou para ajuda à carência de instituições religiosas e sociais da sua Igreja diocesana ou mesmo de outras Igrejas irmãs, noutra partes do mundo, como tem acontecido muitas vezes com a Renúncia quaresmal das comunidades do Patriarcado de Lisboa.