“Não há evangelização sem alegria”

O patriarca de Lisboa considerou este sábado, no âmbito da assembleia diocesana com os coordenadores locais do Sínodo dos Bispos, a escuta “fundamental” para o processo sinodal, uma vez que é “a maneira como a Igreja hoje pode entrar em diálogo, pode entrar em comunhão com a própria sociedade e com o próprio mundo”.

“A escuta é uma forma de estabelecer pontes, de fazer comunhão com Deus e com os outros”, afirmou no Centro de Espiritualidade no Turcifal.

D. Rui Valério afirmou que, “sobretudo neste contexto da sinodalidade, a escuta realiza-se também numa outra dimensão, e que é aquela de escutar a própria voz do Espírito na voz dos irmãos”.

“Por isso, para nós, aqui em Lisboa, estamos verdadeiramente num momento crucial, seja porque ainda estamos nesse entrosamento entre a Jornada Mundial da Juventude, que nos leva a escutar os jovens, seja neste caminho da sinodalidade, que nos coloca numa participação ouvinte daquilo que é a voz da sociedade, a voz do mundo, exatamente para trilharmos caminho, que nós queremos que seja um caminho de fidelidade, desde logo ao Evangelho a Jesus Cristo e fidelidade também ao Santo Padre e à Igreja”, destacou.

O patriarca de Lisboa foi um dos intervenientes na assembleia, que se iniciou às 9h30 com fim agendado para as 17h, sendo um dos objetivos “conhecer e aprofundar o relatório-síntese da primeira Assembleia do Sínodo dos Bispos”, tendo destacado o verbo “participar”.

“A participação é um dos rostos que a Igreja sinodal assume”, afirmou, acrescentando que um dos sentidos deste ato se concretiza “num envolvimento, um tomar parte”.

Por outro lado, participação significa neste contexto, segundo D. Rui Valério, “ser parte da Igreja”, “no ser constitutivo desta comunidade viva que está para servir o Reino de Deus e para servir com o Evangelho, com o amor, com a caridade, com o serviço” à sociedade.

“Só quando nós vivemos na alegria, no júbilo e na esperança, esta consciência de sermos parte de um corpo, que é o próprio corpo de Cristo, é que nós sabemos que a Igreja não é só um lugar para fazer, para agir, mas é fundamentalmente a fonte do próprio ser, de uma própria identidade”, defendeu.

“A nossa presença, a nossa participação em ordem à realização da identidade da Igreja é tão importante quanto é importante para a realização da sua missão”, disse ainda.

Questionado sobre se a sinodalidade já corre nas veias dos cristãos da diocese de Lisboa, o patriarca respondeu:

“Nós constatamos que estamos em caminho. E estar em caminho significa estar na construção e num processo sinodal.”

O bispo abordou ainda a missão da Igreja que está a passar “um momento de um grande desafio”, definindo-o como “uma das caracterizações do tempo” atual.

“A missão exige, não é uma inovação naquilo que são os conteúdos e naquilo que é a mensagem a passar, mas é nos modos de fazer”, indicou.

D. Rui Valério apontou como obstáculos à concretização da missão, “uma sociedade com níveis elevados de tecnologia”, o niilismo, isto é, a ausência absoluta de fé, e o materialismo que está na “ordem do dia”.

Ainda assim, o patriarca de Lisboa reconhece que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 “deu um grande impulso” na dinâmica sinodal, “sobretudo naquilo que é essencial”, descrevendo-o como “o ânimo interior”, o “entusiasmo”, e a “alegria de anunciar o evangelho”.

“Não há evangelização sem alegria, porque evangelho significa exatamente isso, boa notícia, boa nova, portanto, uma mensagem que é caracterizada pela alegria de criar e fomentar esperança, renovação de vida, horizontes de eternidade e de bem-aventurança e de felicidade para o ser humano. Nesse aspeto podemos dizer que foi verdadeiramente um dom, uma graça de Deus, a JMJ em ordem ao ardor, ao ardor que se quer na missão e na evangelização”, referiu.

De acordo com o programa divulgado pelo Patriarcado de Lisboa, o encontro contou com testemunhos de participantes na assembleia do Sínodo dos Bispos, trabalhos de grupos, um plenário e “partilha de boas práticas”.

A paróquia da Amadora foi representada pelos coordenados paroquiais, Leonor e Rui Matos.

In Ecclesia.pt (adaptado)

 

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