«Não foram dez que ficaram curados?»
7 Outubro 2022
É preciso ter uma resposta de gratidão e de adesão à proposta de salvação que Deus faz. Atenção: muitas
vezes são aqueles que parecem mais fora da órbita de Deus que primeiro reconhecem o seu dom, que o
acolhem e que aderem à proposta de vida nova que lhes é feita. Às vezes, aqueles que lidam diariamente com o mundo do sagrado estão demasiado cheios de autossuficiência e de orgulho para acolherem com
humildade e simplicidade os dons de Deus, para manifestarem gratidão e para aceitarem ser transformados pela graça… Convém pensar na atitude que, dia a dia, eu assumo diante de Deus: se é uma atitude de autossuficiência, ou se é uma atitude de adesão humilde e de gratidão.
Os 10 “leprosos” não são curados imediatamente por Jesus, mas a “lepra” desaparece “no caminho”, quando iam mostrar-se aos sacerdotes. Isto sugere que a ação libertadora de Jesus não é uma ação mágica, caída repentinamente do céu, mas um processo progressivo (o “caminho” define, neste contexto, a caminhada cristã), no qual o crente vai descobrindo e interiorizando os valores de Jesus, até à adesão plena às suas propostas e à efetiva transformação do coração. Assim, a nossa “cura” não é um momento mágico que acontece quando somos batizados, ou fazemos a primeira comunhão ou nos crismamos; mas é uma caminhada progressiva, durante a qual descobrimos Cristo e nascemos para a vida nova.
In site dos Dehonianos