Maio, Mês de Maria – “Não tenhais medo” da Palavra de Deus
4 Maio 2013
Na história da salvação, o Povo de Deus viveu momentos de sofrimento. Mas o Senhor sempre o acompanhou servindo-se de pessoas simples que nele depositaram a sua esperança para alcançarem a felicidade. Ao longo da Bíblia encontramos a expressão “não tenhas medo” como forma de acalmar os corações inquietos, motivando os protagonistas a terem confiança em Deus. Assim aconteceu com Maria quando o Anjo Gabriel surgiu para lhe anunciar que ela seria a mãe do Filho de Deus. O anjo então disse: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto de Deus” (Lc. 1,30) Ouvindo tudo o que o anjo lhe anunciou, Maria confiou no Senhor e colocou-se em suas mãos: “Eis a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Maria viveu esta confiança em Deus não só no momento da anunciação mas em toda a sua vida com Jesus, sendo o momento mais significativo a crucificação cujo sofrimento culminou com a alegria da ressurreição.
Quando em 1917 Nossa Senhora apareceu aos pastorinhos, os católicos eram perseguidos por movimentos anti-cristãos. Lúcia, Jacinta e Francisco foram crianças humildes e de coração puro que confiaram na “Senhora mais brilhante que o Sol”. E sem qualquer hesitação, ofereceram‑se a Deus suportando sofrimentos para a reparação dos pecados e para a conversão dos pecadores. “O meu Imaculado Coração será o teu refúgio, o caminho que te conduzirá a Deus”, foram as palavras de Nossa Senhora para Lúcia dando-lhe alento e confiança para o longo caminho que ela iria percorrer.
Actualmente também vivemos tempos difíceis. Porém, como membros do povo de Deus, não tememos porque confiamos no Senhor, ouvimos no nosso coração a sua voz que diz “não tenhas medo”. Vivemos na esperança do amanhã melhor. Mas para isso acontecer é necessário agir! Como? Com algo que é gratuito para quem dá e para quem recebe, e que a ambos enriquece: o amor ao próximo. Quando? Sempre. Onde? Em qualquer lugar, principalmente onde seja preciso ajudar o outro, dar uma palavra ou ter um gesto de consolo. (…) Digamos como Maria “Eis-me aqui!” e, como os pastorinhos, coloquemo-nos ao serviço dos outros. Transmitamos com as nossas orações e obras de amor a esperança e confiança no Senhor, para que quem anda triste sinta no seu coração a consolação da Mãe e a paz e o amor do Pai.
Cláudia Feijão, em Fátima Missionária
(Ano 59, Maio 2013) pp. 22-23.