Hoje, tu e eu, somos as “figueiras”
27 Fevereiro 2016
A doutrina judaica da retribuição afirmava que quem era atingido por uma desgraça
teria praticado um grave pecado. O infortúnio era a punição pela sua culpa.
Jesus refuta esta ideia: “Pensam que os que morreram às mãos de Pilatos
ou pela derrocada da torre eram mais pecadores do que vós? Asseguro-vos que não.
A rejeição do arrependimento, a renitência do coração, a embriaguez do egocentrismo,
é que vos penalizam como um ‘castigo’: trazem-vos a ‘morte’ antes de morrerem.”
E Jesus apõe uma parábola que fala da paciência de Deus ante a vanidade de Israel.
Hoje, tu e eu, somos as ‘figueiras’.
Quando parece que já não produzimos e estamos a ocupar “inutilmente a terra”,
porque nos couraçámos ao amor, porque estamos insensíveis à misericórdia de Deus,
quando apenas resta sermos cortados e lançados para fora da vinha,
Deus continua a procurar frutos onde parece não ser possível brotar mais nada.
Ele não se cansa de esperar por nós. Deixa-nos “ficar ainda este ano”.
Agradecidos, empenhemo-nos em aproveitar este tempo para gerar vida. | PCJ