Dia Mundial das Missões – Uma Igreja terna, pobre para os pobres
19 Outubro 2013
«O Papa Francisco escreveu a sua primeira Mensagem para o Dia Missionário Mundial, a celebrar pela Igreja inteira no próximo dia 20 de Outubro, em pleno Ano da Fé. Por isso, o Papa articula o dom da fé, em que Deus vem ao encontro dos seus filhos com um amor ardente, reclamando de nós uma resposta (…) que passará sempre pelo mais simples e mais comovente anúncio de que a Igreja é devera doo homem: todos somos amados por Deus. Para fazer este anúncio (…) a Igreja tem de sair de si e ir sempre até aos confins do mundo, até às periferias existenciais. (…)
“Evangelizar (…) constitui de facto a graça e a vocação própria da Igreja, a sua identidade mais profunda (Paulo VI, O Evangelho que deve ser anunciado, 14). É por este caminho que a Igreja peregrina se compreenderá a si mesma como enviada e anunciadora, completamente vinculada ao seu Senhor (João 20,21), não seduzida pela novidade da última moda, mas bem assente na fidelidade a o seu Senhor, traduzida (…) num estilo de vida pobre, humilde, feliz, ousado, próximo e dedicado. Sim, é Jesus Cristo morto às nossas mãos, ressuscitado às mãos do Pai, o único fundamento posto para sempre por Deus (1 Coríntios 3,11). (…)
Passa por aqui o caminho e o rosto da Igreja, que tem de fazer a memória do seu Senhor, configurando-se com o seu Senhor (…). Impõe-se, portanto, uma verdadeira conversão do coração, e não apenas uma mudança de verniz. Ao estilo do Papa Francisco, precisamos de anunciadores do Evangelho pobres e leves, sem ouro, prata, cobre, bolsas, duas túnicas (Mateus 19, 9-10; Marcos 6,6-9; Lucas 9,3-4). Sim, foram assim os santos que se esforçaram tanto, e com tanta alegria, por ser pobres e humildes, enquanto nós nos vamos esforçando tanto, e com tristeza (Mateus 19,22; Marcos 10, 22; Lucas 18,23), por ser ricos e importantes!»
† António Couto, bispo de Lamego, em Guião Outubro Missionário 2013, pp 11-12