De um elemento das equipas de acolhimento
15 Novembro 2020
“Escrevo este texto acabado de chegar da missa e da equipa de acolhimento da qual faço parte desde o inicio da pandemia.
Para contextualizar: a equipa de acolhimento é responsável por ajudar, sentar e ordenar as pessoas na igreja consoante as normas indicadas pela DGS e CEP.
Escrevo este texto, pois durante toda a pandemia é uma constante de pessoas que, ao entrar, nos dizem “aquele não é o meu lugar”, “não quero ficar ali”, “estão a ser demasiado exigentes”, entre outros.
Quando vamos perceber que NÃO ESTAMOS NO TEMPO DO EU, ESTAMOS NO TEMPO DO NÓS?
E sendo nós cristãos e onde o outro devia prevalecer, como continuamos com afirmações destas, quer seja na igreja, na rua ou quando anunciam medidas mais exigentes?
A separação forçada das pessoas já fez com que elas se tornassem mais isoladas, e vamos nós forçar ainda mais este isolamento com o nosso egocentrismo e egoísmo?
Enquanto prevalecer o EU nesta pandemia dificilmente os números irão baixar.
Se não começarmos a refletir como é que as minhas acções e afirmações no dia a dia afetam o NÓS, a probabilidade de o EU ficar infetado pela COVID e pelo egoísmo será cada vez maior.
Por isso, ajudem-se, mas ajudem. Estejam seguros no vosso canto, para que um dia estejamos todos seguros num canto maior.”