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Sri Lanka: Porta-voz do Vaticano sublinha «acolhimento extraordinário» que o Papa recebeu

Padre Federico Lombardi estima que 300 mil pessoas tenham acompanhado Francisco pelas ruas de Colombo

(popefrancissrilanka.com)

Colombo, 13 Jan. 2015 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano disse hoje em Colombo, capital do Sri Lanka, que o Papa Francisco ficou impressionado com o “acolhimento extraordinário” da população, durante o primeiro dia da visita pontifícia à ilha.

O padre Federico Lombardi estima que cerca de 300 mil pessoas terão acompanhado o papamóvel ao longo dos 28 quilómetros de percurso entre o aeroporto internacional e a Nunciatura Apostólica.

“Não havia um buraco, não havia espaço nesse muro de pessoas”, sublinha o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, recordando que os católicos no Sri Lanka são uma minoria.

Os cumprimentos entre o Papa e a multidão acabaram por abrandar a marcha do veículo e atrasar a agenda da visita numa hora, pelo que Francisco abdicou do almoço e do encontro com os bispos locais para poder descansar, após a viagem desde Roma.

“O Papa pagou o preço da exposição, sem proteção, ao sol”, explicou o padre Federico Lombardi, em conferência de imprensa, acrescentando que depois do descanso Francisco se encontra “bem” e “recuperou as suas forças”.

O dia de hoje incluiu um encontro com o recém-eleito Presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, no palácio presidencial.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o padre Lombardi admite que a eleição do novo chefe de Estado representa “uma esperança para muitos”, no trabalho de reconciliação no país asiático.

“O facto de o Papa chegar para inaugurar esta presidência, dando-lhe um encorajamento de caráter moral, visivelmente bem acolhido pelo presidente, ainda que seja budista, parece-me um momento da graça de Deus”, acrescentou.

O porta-voz do Vaticano destacou, por outro lado, a presença de 600 monges budistas no encontro inter-religioso que encerrou a agenda de hoje, ao contrário do que aconteceu há 20 anos, com São João Paulo II, na última visita pontifícia ao Sri Lanka, onde o budismo é professado por 70% da população.

“Também isto foi um sinal extremamente positivo: o clima era de grande serenidade e grande desejo de avançar num caminho de reconciliação e harmonia”, referiu.

O religioso jesuíta comentou ainda o clima de festa e brincou com a presença “simpatiquíssima” de muitos elefantes que foram colocados junto à estrada, nos locais por onde o Papa passou, com panos coloridos.

OC