História

Como nasceu a Matriz

Para falarmos da história da nossa Igreja teremos de recuar até ao princípio do século, altura em que a Amadora ainda fazia parte das freguesias de Belas e de Carnaxide ao nível administrativo, em 1906, apesar de se constituir já como uma freguesia autónoma.
De facto, já nesta altura realizavam-se cerimónias e atos religiosos na Capelinha de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, na Falagueira, capela que se ergueu ainda no século XVIII. No entanto, todo o culto religioso neste templo estava dependente da Igreja de Benfica, pois as circunstâncias de ordem local não davam azo à criação de uma Paróquia na Amadora.
Contudo, assim que o crescimento da Amadora se tornou mais que evidente e longe de ser travado, tornou-se peremptório que surgisse uma alternativa à pequenina capela que dificilmente conseguia já satisfazer as necessidades de uma população tão avultada. E assim se consideravam criadas exigências de caráter espiritual e religioso a revelar, com evidência, que se aproximava a hora de dotar a freguesia de vida religiosa própria – e o Patriarcado estava atento a esta situação.

Construção da Igreja Matriz

Acabava o ano de 1953 e o Senhor Cardeal Patriarca D. Manuel Cerejeira encarregava aos 29 dias do mês de setembro, dia de S. Miguel, o Pe. Lúcio do Rego Marçal dos interesses religiosos da Amadora, preparando o caminho para a criação da Paróquia. E assim aconteceu: a 15 de dezembro é canonicamente criada a nova Paróquia da Amadora, ou de Nossa Senhora da Conceição, com festa celebrada a 8 de dezembro. Os acontecimentos sucederam-se e no início do ano de 1954 o Pe. Lúcio é nomeado o primeiro Pároco da Amadora.
Começando desde logo a estruturar os passos a tomar no sentido de atingir o seu objetivo: construir uma nova Igreja, com incidentes positivos e negativos, mas que viriam a produzir agradáveis e doces frutos no dia 30 de dezembro de 1956, dia em que o Senhor D. Manuel Gonçalves Cerejeira veio abençoar a primeira pedra. Seguiu-se o começo dos trabalhos no dia do Santíssimo Nome de Maria, 12 de setembro de 1957 (uma quinta-feira): marcação do terreno, por meio de madeira e marcos de cimento, e construção das instalações do guarda, dos materiais e ferramentas e do escritório.

Menos de dois anos depois a Igreja de Nossa Senhora da Conceição mostrava-se um verdadeiro e imponente templo, ocupando o terreno anteriormente pertencente ao Clube de Futebol Estrela da Amadora, que colocou diversos obstáculos à construção da Igreja naquele local, mas que cessaram, depois de lhe ser dado o atual campo, na Reboleira. Por esta razão é que, em inúmeras fotografias da época se verifica a (hoje) Matriz em obras e com os jogadores do Estrela treinando. A própria recordação fotográfica do dia do lançamento da primeira pedra mostra as balizas do clube…

Festa da Inauguração

Nos dias 11 e 12 de julho de 1958 a nova Igreja, completamente pronta, era sagrada pelo Senhor Cardeal Patriarca, coadjuvado pelo Sr. Arcebispo de Mitilene, D. Manuel dos Santos Rocha, pelo Sr. Bispo de Febiana, D. António Campos e pelo Sr. Bispo de Tiava, D. José Pedro da Silva. Neste dia foram depositadas nos três Altares da Igreja as relíquias de S. Pio X, Santa Maria Goretti e S. Peregrino.
A Igreja pode comportar 2.500 fiéis e custou 5.113 contos.

O que disse a comunicação social

A 7 de agosto de 1958 um jornal reportava-se às cerimónias da sagração da Igreja, terminando em chave-de-ouro:
“A Amadora tem a sua igreja! Levou anos a concretizar-se a justa aspiração de milhares de habitantes, mas finalmente o desejado templo está de pé e de pé ficará pelos séculos além! A velha capela da Falagueira restará como um símbolo do passado, recordando às novas gerações os primeiros tempos de uma vila que, em poucos anos, completamente se transformou.”
Eram estas as exclamações que na imprensa da época aclamavam a construção deste imponente e moderníssimo templo com a sua área “maior do que a da Basílica da Estrela”.

O que acontecia à Falagueira

No entanto, nem tudo era um “mar de rosas” e muitos se insurgiam com os boatos que corriam acerca da velha e degradada capelinha da Falagueira… Ouçamos o que dizia o Notícias da Amadora, a 4 de novembro de 1961:
“A velha igreja da Falagueira que até 1958 foi a Igreja da vila, templo modestíssimo que se construiu em 1775 e se dedicou a Nossa Senhora da Lapa está hoje ameaçada de demolição, talvez até já esteja condenada, desaparecendo dentro em pouco, vítima da lei do progresso e da sua irmã gémea, lei da picareta, que não perdoa nem se comove com ninharias e que tantos e tão chorudos escudos tem levado aos magnates da construção civil e a outros quejandos que temos o prazer de ter entre nós..
Que fizemos até agora, para evitar o facto consumado? Nada, antes pelo contrário. O desenvolvimento da Amadora não se pode nem deve deter e nesse ponto estamos, evidentemente, todos de acordo. Mas não será possível respeitar e conservar aquilo que o passado nos levou? A vila não se podia ter desenvolvido e expandido sem perder todos os traços característicos da antiga e risonha povoação que noutros tempos foi; área para expansão não lhe faltava! Preferiu-se, porém, fazer uso da picareta e agora até a velha igreja não escapa, o que não deixa de ser lamentável.
O novo templo que se ergueu há 3 anos junto da Rua 1.º de Maio, devido, é justo referi-lo, aos louváveis esforços do reverendo Pe. Lúcio Marçal, prior da freguesia, era, realmente, uma necessidade que se impunha, pois a igreja existente já não comportava os milhares de fiéis que a ela acorriam. Não se apresentava outra alternativa, e por isso, e muito bem, se construiu a nova e graciosa igreja que hoje a vila possui. O templo antigo, porém, nunca deveria ter sido abandonado, até porque podia ter ficado destinado à população já bastante numerosa da área circunvizinha, que assim é obrigada a efetuar longas caminhadas para cumprir as suas obrigações religiosas.”

De facto, graças a Deus que não aconteceu o que este jornalista temia – a destruição e demolição da Capela de Nossa Senhora da Lapa – que hoje se tornou ela própria Paróquia (como aliás já o era)!

 

horarios

Horários

    Missas

    • Sábado
    • 17h (vespertina)
      19h
      Capela de St.º António (exceto julho, agosto e setembro)
      Igreja Matriz
    • Em julho, agosto e setembro não há Eucaristia na Capela da Mina
    • Domingo
    • 9h30
      11h30
      19h
      Igreja Matriz
      Igreja Matriz
      Igreja Matriz
    • Semana
    • 2.ª a 6.ª feira 19h

    Acolhimento

    • Para diálogo, Sacramento da Reconciliação ou aconselhamento espiritual.
    • 3.ª feira
      4.ª feira
      5.ª feira
      6.ª feira
      17h-18h30
      17h-18h30
      10h-11h30
      17h-18h30
    • Outros momentos, fora destes períodos, poderão ser combinados.

    Abertura/Fecho da igreja

    • De segunda a sexta:
    • 9h-12h 17h-19h30
    • Sábado:
    • 9h-12h 17h-20h
    • Domingo:
    • 9h-12h30 17h-20h
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