A adoração dos Magos diante de Jesus

epifaniaEm Jerusalém, a estrela tinha desaparecido de todo. Depois do encontro dos magos com a Palavra da Escritura, a estrela resplandece de novo para eles. A criação, interpretada pela Escritura, volta a falar ao homem. Para descrever a reacção dos magos, Mateus lança mão dos superlativos: “Ao ver a estrela, sentiram fortemente uma grandíssima alegria” (2,10). É a alegria do homem que é atingido no coração pela luz de Deus e pode ver realizada a sua esperança: a alegria daquele que encontrou e que foi encontrado.

“E, entrando em casa, viram o Menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se adoraram-no” (Mt 2, 11) (…). Na presença do Menino real, os Magos fazem a proskynesis, isto é, prostram-se diante d’Ele; esta é a homenagem que se presta a um Rei-Deus. A partir disto, explicam-se também os presentes que os magos oferecem. Não são presentes práticos que possam talvez revelar-se úteis naquele momento para a Sagrada Família; os dons exprimem o mesmo que a proskynesis: são mencionados também em Isaías 60, 6 como presentes de homenagem, que hão-de ser oferecidos pelos povos ao Deus de Israel.

Nos três presentes, a tradição da Igreja viu – com algumas variações – representados três aspectos do mistério de Cristo: o ouro apontaria para a realeza de Jesus, o incenso para o Filho de Deus, e a mirra para o mistério da sua Paixão.

De facto, no Evangelho de S. João, aparece a mirra depois da morte de Jesus: diz-nos o evangelista que, para ungir o corpo de Jesus, Nicodemos tinha trazido, entre outras coisas, a mirra (cf. 19, 39). Assim, através da mirra, o mistério da Cruz é de novo ligado à realeza de Jesus e preanuncia-se de maneira misteriosa já na adoração dos magos. A unção é uma tentativa de se opor à morte, que só atinge o seu carácter definitivo com a corrupção; quando, na manhã do primeiro dia da semana, as mulheres chegaram ao sepulcro para fazer a unção, que não tinha sido possível fazer ao entardecer do dia da crucificação por causa do início imediato da festa da Páscoa, Jesus já tinha ressuscitado; já não havia necessidade da mirra como instrumento contra a morte, porque a própria vida de Deus vencera a morte.

Bento XVI, Jesus de Nazaré, Prólogo: A Infância de Jesus

(Principia Editora, 2012). 90-91

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