Deus oferece aos seus filhos, de forma gratuita, Vida abundante e verdadeira
11 Agosto 2024
“Quem acredita em Mim, tem a vida eterna” – diz-nos Jesus. Este “acreditar” não é aceitar determinadas verdades que a catequese ou a teologia proclamam sobre Jesus; mas é “levar a sério” as suas propostas, acolher as suas indicações, assumir o seu estilo de vida, viver como Ele na escuta constante dos projetos do Pai, segui-l’O no caminho do amor, do dom da vida, da entrega aos irmãos; “acreditar” em Jesus é fazer da própria vida – como Ele fez da sua – uma luta coerente contra o egoísmo, a exploração, a injustiça, o pecado, tudo aquilo que causa sofrimento e infelicidade aos filhos e filhas de Deus que partilham connosco o caminho de todos os dias. Podemos dizer, com verdade, que “acreditamos” em Jesus? As suas palavras e os seus gestos guiam a nossa vida, as nossas opções, a nossa forma de ver o mundo e os outros?
Jesus referiu-se ao maná como um alimento que matou a fome física dos israelitas em determinado momento da marcha pelo deserto, mas que não lhes deu a Vida definitiva, não lhes assegurou o acesso à Terra prometida. Podemos ver no maná – um alimento precário, limitado – um símbolo dessas propostas de vida que, tantas vezes, atraem a nossa atenção e o nosso interesse, mas que vêm a revelar-se falíveis, ilusórias, parciais, porque não nos libertam da escravidão nem geram Vida plena. Em que “alimentos” colocamos a nossa esperança e a nossa segurança? Procuramos discernir entre o que é ilusório e o que é eterno? Deixamo-nos seduzir por falsas propostas de realização e de felicidade? Aceitamos como “pão” verdadeiro valores e propostas que a moda ou a opinião pública dominante nos atiram à cara, mas que não respondem à nossa fome de Vida verdadeira e eterna?