“Único extremismo permitido aos crentes é o da caridade”

Missa com milhares de pessoas, em estádio militar, alertou para «falsos crentes», que provocam males maiores do que quem não crê

O Papa Francisco disse hoje no Cairo que a fé deve levar a ajudar os outros, seja qual for a sua religião, e alertou para os “falsos crentes” e o “extremismo”.

“A verdadeira fé é a que nos leva a proteger os direitos dos outros, com a mesma força e o mesmo entusiasmo com que defendemos os nossos”, sublinhou, na Missa a que presidiu no estádio da aeronáutica militar, perante milhares de pessoas.

A homilia, traduzida para o árabe, apresentou a “fé verdadeira” como aquela que torna os fiéis “mais caridosos, mais misericordiosos, mais honestos e mais humanos”.

“Deus só aprecia a fé professada com a vida, porque o único extremismo permitido aos crentes é o da caridade. Qualquer outro extremismo não provém de Deus nem lhe agrada”, declarou Francisco.

Durante a celebração, os participantes rezaram pelas “vítimas da violência e do terrorismo”, em particular os “mártires” do Egito, pelos refugiados e por todos os que tiveram de deixar a sua terra.

O Papa convidou os católicos a “amar todos gratuitamente, sem distinção nem preferências”, sem ver no outro um inimigo, mas um irmão a “amar, servir e ajudar”.

Na primeira celebração do último dia de viagem ao Egito, iniciada esta sexta-feira, Francisco observou que a fé deve levar a “espalhar, defender e viver a cultura do encontro, do diálogo, do respeito e da fraternidade”, ajudando quem mais precisa.

A intervenção deixou um alerta contra a religiosidade da “aparência”, em que a oração não se transforma em “amor dirigido ao irmão”.

“Para Deus, é melhor não acreditar do que ser um falso crente, um hipócrita”, sustentou Francisco.

A homilia sublinhou a importância da ressurreição para a fé cristã e a necessidade de superar uma visão de Deus que parte da compreensão humana “da omnipotência e do poder”.

“A Igreja nasceu da fé na ressurreição”, afirmou o Papa.

A partir desta fé, acrescentou, os católicos podem viver “cheios de alegria, coragem e fé”.

“Não tenhais medo de amar a todos, amigos e inimigos, porque, no amor vivido, está a força e o tesouro do crente”, assinalou, evocando a história dos mártires e santos egípcios.

A cerimónia conta com a participação das várias comunidades católicas no Egito, representantes de comunidades ortodoxas e muçulmanas.

Depois da Missa, Francisco almoça com os bispos católicos do país e, às 15h15 (menos uma em Lisboa), tem um encontro de oração com membros do clero, de institutos religiosos e seminaristas.

A cerimónia de despedida está marcada para as 17h00 locais, com chegada a Roma prevista para as 20h30 (19h30 em Lisboa).

 

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