Jesus acolhe o pedido. A sogra de Simão está febril. Aproxima-se dela. Toma-a pela mão. Reergue-a.
Frente à dor, ao sofrimento, à doença, às situações dramáticas, é assim que Jesus procede. Faz-se presente. Próximo. Não receia o contacto. Comunica a força que faz erguer de novo.
Jesus não veio como curandeiro de todas as maleitas. O seu desígnio é elevar-nos para a Vida. Os gestos de cura são sinais de que Deus não se conforma com as situações de sofrimento.
Jesus não deita as culpas a Deus pelos “males” que atingem a humanidade e o mundo. Coloca-se ao lado dos que padecem e dos que lutam contra todas as formas de enfermidades. E desafia-nos a fazer o mesmo. Dar a mão. Pôr vidas de pé. Ser curadores, mesmo que feridos.
Com Jesus, inicia-se um mundo novo, onde os sofrimentos deixarão de existir. Os dramas, as doenças, a morte, ainda manterão a sua presença. Mas Jesus começou a derrotá-los.
A actividade diária de Jesus exige momentos de pausa, para se recompor física e espiritualmente. Necessita de aquietar o coração, aclarar a vontade de Deus, fortalecer a sua determinação. Por isso, retira-se. Aparta-se de todos, para ficar sozinho. Abraça-se ao silêncio que conforta e vivifica.
Como ‘descansamos’ do agitamento do dia a dia? Quais são os nossos ‘sítios ermos’? ‘Todos te procuram’. Todos? E porquê? Mas Jesus bem sabe as razões por que o pretendem. Que fique ali, para resolver mais problemas. Não é para isso que muitos acham que Deus serve?
Jesus veio para restaurar o ‘dentro’ do coração humano. É essa cura que buscam(os)? O Mestre parte para ‘outros lugares’, para anunciar o Reino, pois essa é a sua missão prioritária.
E o próximo lugar és tu. “Tu não és a tua casa”. Mas podes ser a casa de Deus. Recebe Jesus. Deixa-o olhar para ti. Ele estender-te-á a mão. Vai erguer-te. Depois, segue-o.
Durante a Quaresma, haverá Via-Sacra todas as sextas-feiras às 18h na igreja matriz. Todos somos convidados a participar neste momento … >> continuar a ler