Tive um sonho

Todos os habitantes da Terra, sem excepção, transportavam, dentro do peito, não uma pedra, mas um Coração.
Em todos os lugares do Planeta, estavam extintos e esquecidos os ditadores que julgavam poder ser donos de tudo e de todos.
Os grupos políticos congregavam as suas cores e, em cumplicidade, pintavam ânimo e arrebatamento na alma das gentes.
O Código da Lei Geral só tinha um artigo: amar.
Os crentes das diversas religiões, entrelaçando ritmos e coreografias, dançavam, com cintilação, o bailado da Unidade e da Paz.
As bancadas de todos os ‘estádios’ do ‘Torneio da vida’ achavam-se vazias, pois todos estavam em campo, a jogar o Presente do Futuro.
Os dicionários registavam menos vocábulos, dado que, alguns, como ‘fundamentalismo’, ‘intolerância’, ‘ganância’, ‘pedofilia’, ‘corrupção’, ‘violência’ eram desconhecidos, por já não fazerem parte do quotidiano.
Pessoas fingidas, cínicas, snobes, agressivas, azedas, não encontrei.
Fechaduras, alarmes, câmaras de vigilância, eram coisas do passado.
O ‘eu’ e o ‘tu’ eram persistentemente suplantados pelo ‘nós’.
Apesar das sofisticadas tecnologias de comunicação à distância, privilegiavam-se os encontros ao ar livre e a namorar ao vivo.
As cidades, planeadas para serem espaços de sabores e de afectos, pulsavam com a energia dos ritmos harmoniosos dos seus habitantes, e, em cada esquina, ouvia-se a algazarra cativante de crianças felizes.
Sorrisos e abraços mantinham a mais alta cotação na bolsa de valores.
Todos tinham nome, uma casa, um ganha-pão.
Ninguém dormia na rua, nem mastigava ar, nem bebia solidão.
A cada vida humana gerada era assegurado o direito de nascer, e os mais idosos eram considerados ‘preciosos’ e protegidos como tal.
A Terra, nossa Casa Comum, estava cuidada e exalava aromas de primavera.
Pareceu-me ouvir cantar: ‘A bondade do Senhor encheu a terra’…
Acordei.
A realidade era outra.
Mas o Sonho ficou.

P. Carlos Jorge

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