Sair de si para ir ao encontro de todos

A interrogação atinge-nos com contundência: “Porque estão a olhar para o Céu?”
A atitude que Deus espera de nós é que olhemos para a Terra, lugar dos nossos compromissos.
Jesus partiu. Mas não foi para longe. Ficou mais próximo. Estava ao lado. Agora está dentro.
Não atravessou as nuvens. Ascendeu à nossa intimidade.
O Senhor Ressuscitado ‘escapa-Se’ ao nosso olhar, mas a Sua Presença permanece real.
Jesus regressou ao Pai, mas não nos abandonou.
Deixou de estar num lugar, para poder estar em qualquer lugar.
Partiu, mas ‘ficou’ num pequeno grupo de homens, amedrontados, assustados, com dúvidas.
Foi a eles, ontem, é a nós, hoje, que Jesus entrega ‘tudo isto’, para fazer chegar ao futuro.
Ele confia mais em nós do que nós próprios confiamos.
Sabe que somos barro, mas aceita-nos como discípulos, como sementes, como fogo, como luz.
Discípulo não é, apenas, o que escuta ensinamentos, mas aquele que se liga ao Mestre, que estabelece com Ele uma relação de amizade profunda que o impele a segui-Lo.
‘Baptizar’ significa ‘mergulhar’, ‘imergir’; também, ‘embeber’.
Tal como uma esponja, introduzida na água, se vai encharcando interiormente, o baptizado é aquele que mergulhou em Deus e se deixou impregnar d’Ele.
O baptismo é um abraço sem fim entre Deus e nós.
“Quem vê as coisas por um lado, não as vê inteiramente…”, escreveu Miguel de Cervantes.
O cristão recebe o dom de poder ‘ver’ as coisas do lado do Homem e do lado de Deus.
Vestidos com o ‘traje de luz’ dos baptizados, somos lançados em missão: “Ide, ensinai, baptizai.”
Sair de si para ir ao encontro de todos, anunciar o evangelho com palavras tecidas de vida, levar os homens a mergulhar em Deus, abrir portas para Deus poder entrar.
Em situações mais difíceis, como esta que estamos a viver, somos confrontados com o desalento, o derrotismo, a ansiedade, a dúvida, o medo, a descrença.
Mas Jesus está connosco. Ele não permite que o alento e a esperança sejam vencidos.
Na Ascensão de Jesus antevemos a nossa ascensão. Ele precedeu-nos. Um dia será a nossa vez.
Vamos a caminho de Casa.
Ao longo da viagem temos necessidade de olhar o Céu.
Mas não queremos ‘adormecer’ a olhar para o Céu.

P. Carlos Jorge

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