Querem vir?
7 Fevereiro 2015

Quando acordámos, Jesus já tinha saído. Descobrimo-Lo num local próximo, sozinho. Estava a rezar. Eram habituais, estas ’escapadelas’ de Jesus. Necessitava de recompor a harmonia do seu interior. E de escutar o Pai. No dia anterior, Jesus tinha consumido um longo tempo a sarar doentes. Um deles, a sogra de Pedro. Mais do que as curas realizadas, impressionava-nos a maneira como Jesus procedia. Com um sorriso, aclarava, cada um, sobre o sentido daquele instante singular: “Estás curado desta enfermidade. Outras surgirão. As mais mortíferas, são as que irrompem no coração, se acantoam nele e o asfixiam por dentro. Ficas atulhado de trevas e blindado à ternura. Mas, não tenhas medo. Comigo, conseguirás vencer todas elas.”
Aproximámo-nos de Jesus. Quando nos pressentiu por perto, interrompeu a sua ligação ao Céu. E, em resposta ao nosso: todos te procuram!, exclamou: “Já fiz aqui o que tinha que fazer. Agora, vou pregar para outros lugares. Evangelizar é a minha missão: falar da soberania do Amor e da convocação para o Reino de Deus; proclamar que o Céu se entrelaçou com a Terra; anunciar que Deus também mora aqui; testemunhar que é possível vivermos uns para os outros. E não há tempo a perder. Avançaremos, sem parar.
Querem vir?” Sim, fomos. E tu? | PCJ