“O outro é um dom”

Da Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2017 (Continuação: ponto 1)

1. O outro é um dom
A parábola inicia com a apresentação dos dois personagens principais, mas quem aparece descrito de forma mais detalhada é o pobre: encontra-se numa condição desesperada e sem forças para se solevar, jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas
que caem da mesa dele, tem o corpo coberto de chagas, que os cães vêm lamber. Enfim,
o quadro é sombrio, com o homem degradado e humilhado.
A cena revela-se ainda mais dramática, quando se considera que o pobre se chama Lázaro, um nome muito promissor pois significa, literalmente, «Deus ajuda». Não se trata
duma pessoa anónima; antes, tem traços muito concretos e aparece como um indivíduo
a quem podemos atribuir uma história pessoal. Enquanto Lázaro é como que invisível
para o rico, a nossos olhos aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se
um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inestimável, um ser querido, amado,
recordado por Deus, apesar da sua condição concreta ser a duma escória humana.
Lázaro ensina-nos que o outro é um dom. A justa relação com as pessoas consiste em
reconhecer, com gratidão, o seu valor. O próprio pobre à porta do rico não é um empecilho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de vida. O primeiro convite que
nos faz esta parábola é o de abrir a porta do nosso coração ao outro, porque cada pessoa é um dom, seja ela o nosso vizinho ou o pobre desconhecido. A Quaresma é um
tempo propício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Cada um de nós encontra-o no próprio caminho. Cada vida que se cruza connosco é
um dom e merece aceitação, respeito, amor. A Palavra de Deus ajuda-nos a abrir os
olhos para acolher a vida e amá-la, sobretudo quando é frágil. Mas, para se poder fazer
isto, é necessário tomar a sério também aquilo que o Evangelho nos revela a propósito
do homem rico.

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