“O medo é a coisa de que tenho mais medo”
23 Maio 2015

Também nós temos medos. E encerramo-nos em salas blindadas. Portas trancadas. Mas Tu, Jesus, quando menos esperamos, juntas-te a nós, e dizes-nos:
“A paz esteja convosco!” E, para aluir o nosso espanto, iteras: “A paz esteja convosco!”
Nesse instante, exteriormente, nada se altera. Mas, dentro de nós, algo amanhece.
A tua presença, contemplada com os olhos da fé, tranquiliza-nos.
O teu Espírito, o mesmo que sopraste sobre os discípulos, invade-nos e ressuscita-nos.
Perante a nossa intenção de nos rendermos ao cativeiro, Tu ordenas-nos:
“Saiam! Como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.”
É surpreendente! Chamas pessoas medrosas, como eu, para sermos tuas testemunhas.
E ensinas-nos que a melhor forma de vencer os medos é enfrentá-los, não fugir deles.
Tu, não permites que fiquem encerrados, dentro de muros, aqueles que são teus.
Escreveu Montaigne: “O medo é a coisa de que tenho mais medo”.
Reconhecemos que, mesmo contigo, Senhor, nunca subjugaremos todos os medos.
Mas, ao teu lado, deixaremos de ter medo do medo.
Não teremos medo de perdoar, de amar, de acolher, de sorrir, de escutar, de servir,
de aceitar, de recomeçar, de abraçar, de acreditar, de esperar, de avançar, de sonhar.
Contigo, não teremos medo de ser santos! | PCJ