“O amor é quando a gente mora um no outro”

Surpreende o ‘Se’, singelo, frágil, afável, com que Jesus inicia o seu colóquio:
“Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos.”
Jesus não impõe, indaga. E aguarda a nossa resposta. Que só pode chegar vestida de liberdade.
Quem ama, acolhe com prontidão, cuida com solicitude, protege com ternura.
Guardar os mandamentos de Jesus é receber Jesus, a Sua vida, e tornarmo-nos n’Ele.
Afirma o Mestre: “Eu estou no Pai e vós estais em Mim e Eu em vós.”
Compreendemos? A comunidade, cada um de nós, é a habitação de Jesus. E Jesus, a nossa.
“O amor é quando a gente mora um no outro.” Não é o que acontece entre Deus e nós?
Na caminhada de fé, assalta-nos a tentação da segurança.
Exigimos certezas absolutas e imediatas, que dispensem a escuta, a oração, o discernimento.
Convivemos mal com a dúvida, o silêncio, o tempo, o paradoxo, o invisível.
Deixamos de confiar na presença do Espírito e da Sua acção criativa e vivificante, para nos amarramos à lei, à norma, à autoridade, ao hábito, ao padrão, ao poder, à estrutura.
Sentimo-nos mais confortáveis no ‘seguidismo’ de esquemas, mesmo que esclerosados, do que a deixarmo-nos conduzir pela voz suave do Espírito, que exige atenção e humildade.
Preferimos consultar um ‘manual de instruções’, onde tudo está indicado e explicitado, a percorrer um trilho desconhecido, orientados apenas por alguns sinais de pista.
Que o Defensor, o Paráclito, Aquele que é ‘chamado a estar ao lado’, nos proteja do que pode entorpecer o coração e perturbar a nossa viagem de Peregrinos, e nos leve a alcançar a estatura do “homem vivo, glória de Deus” (St.º Ireneu).
O Espírito da verdade, “que nós conhecemos, porque habita connosco e está em nós”, permite-nos ousar amar e encoraja-nos a deixarmo-nos amar.
Conhecemos a frase de Santo Agostinho: “Ama e faz o que quiseres.”
Amar é querer o bem do outro. O que ama ‘sabe’ o que fazer. E por isso faz o que quer.
Perante a interrogação sobre o que é ter falta de fé, alguém apresentou esta resposta: “Não conseguir imaginar que Deus pode chegar muito perto de nós.”
Somos daqueles que sabem que Deus pode, realmente, chegar junto de nós.
E, mais do que Se fazer próximo, vir morar em nós. E permanecer.
O Espírito de Jesus Ressuscitado, enviado pelo Pai, jamais nos abandonará.
Nunca seremos órfãos de Deus.

P. Carlos Jorge

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