Em busca da Paz

Francisco pede que abracemos todos aqueles que fogem da guerra e da fome

Estamos a concluir mais um ano, e já é tradição neste período fazer um balanço dos últimos 365 dias e pensar no futuro, nas novas conquistas, nas novas metas, muitas das quais não alcançadas no ano que finda. Certamente esse tempo ajuda-nos a parar e a olhar para as vitórias e as derrotas, para conquistas e frustrações. Mas, quando fazemos o nosso balanço, fazemos também o balanço dos nossos relacionamentos e do nosso ser cristão? Ou pensamos somente nas conquistas e derrotas pessoais no campo do trabalho, da vida social, do nosso dia a dia, individualmente?

O Dia Mundial da Paz, que celebraremos neste dia 1.º de janeiro, inicialmente chamado simplesmente de Dia da Paz foi criado pelo Papa Paulo VI com uma mensagem para o primeiro de 1968. Dizia o Papa Paulo VI em sua primeira mensagem para este dia, que a mesma se dirigia a todos os homens de boa vontade, para exortá-los a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo.

O Papa Francisco na sua mensagem para este 1.º de janeiro chama a atenção de cada homem de boa vontade, de cada homem de paz e não, sobre o drama dos Migrantes e Refugiados.

No dia 24 de novembro foi apresentada no Vaticano a mensagem do Papa Francisco para este 1.º de janeiro.

“O tema escolhido pelo Pontífice é: Migrantes e Refugiados: homens e mulheres em busca da paz.”

A paz escreve o Santo Padre, é uma aspiração profunda de todas as pessoas e de todos os povos, sobretudo de quantos padecem mais duramente pela sua falta. Francisco recorda então novamente os mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados; “são homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que procuram um lugar onde viver em paz”, como disse o Papa emérito Bento XVI.

Na busca desse lugar muitos estão prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos, a enfrentar arames farpados e muros erguidos para os manterem longe do objetivo final.

“Francisco pede que abracemos todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem obrigados a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental.”

Mas precisamos além de abrirmos os nossos corações ao sofrimento dos outros, fazer com que os nossos irmãos e irmãs possam voltar a viver em paz numa casa segura. Acolher o outro requer um compromisso concreto.

O olhar de Francisco vai então mais uma vez aos governantes que têm uma responsabilidade precisa para com as próprias comunidades, para não serem como o construtor insensato que fez mal os cálculos e não conseguiu completar a torre que começara a construir.

Particularmente interessante, é a questão que o Santo Padre dirige à todos: “Porque há tantos refugiados e migrantes no nosso mundo atual?”

Na senda de São João Paulo II, que na sua mensagem de paz do ano 2000 incluía o número crescente de refugiados entre os efeitos de “uma sequência infinda e horrenda de guerras, conflitos, genocídios, limpezas étnicas” que caracterizaram o século XX, Francisco sublinha que até agora, infelizmente, o novo século não registou uma verdadeira mudança: os conflitos armados e as outras formas de violência organizada continuam a provocar deslocações de populações no interior das fronteiras nacionais e para além delas.

Todavia as pessoas migram também por outras razões, sendo a primeira delas “o desejo de uma vida melhor, unido muitas vezes ao intento de deixar para trás o ‘desespero’ de um futuro impossível de construir”.

Em muitos países de destino, observou ainda o Pontífice, generalizou-se largamente uma retórica que enfatiza os riscos para a segurança nacional ou o peso do acolhimento dos recém-chegados, desprezando assim a dignidade humana que se deve reconhecer a todos, enquanto filhos e filhas de Deus. Daí o alerta de Francisco: Quem fomenta o medo contra os migrantes, talvez com fins políticos, disse, em vez de construir a paz, semeia violência, discriminação racial e xenofobia, que são fonte de grande preocupação para quantos têm no coração a tutela de todos os seres humanos.

O Papa concluiu a sua mensagem, indicando  quatro pistas de ação concreta: acolher, proteger, promover e integrar.

Por isso, é importante que as nossas ações sejam inspiradas por sentimentos de compaixão, clarividência e coragem, de modo a aproveitar todas as ocasiões para fazer avançar a construção da paz: “só assim o realismo da política internacional não se tornará uma capitulação ao cinismo e à globalização da indiferença”.

Por Silvonei José (adaptado)

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