Domingo de Ramos. Iniciamos a Semana Santa.

Estes dias santos vão ser vividos no interior das nossas casas, transfiguradas em ‘igrejas domésticas’. Não podemos celebrá-los em comunidade paroquial reunida. Mas, apesar de apartados uns dos outros, estaremos ligados. Unidos. Cúmplices. Não haverá longe nem distância. Juntos, acolheremos, como nunca, a densidade e o sentido pleno do Mistério Pascal. Atravessaremos, em passo de oração, a trama dos acontecimentos: ‘escutando-os’ por dentro, captando-lhes a essencialidade do que ‘dizem’, acolhendo os desafios que nos lançam, permitindo que nos despertem para a urgência de inventarmos um futuro novo.

As derradeiras horas da vida de Jesus, a sua Páscoa, foram muito duras. Tinha a missão de anunciar o Reino dos Céus, a soberania e a sacralidade da Vida, a beleza e criatividade do Amor. Não foi acolhido.
Os seus contemporâneos (e nós?) estavam empenhados em conservar os seus estilos de vida e de ‘religião’.

Concentremos a atenção em algumas personagens. Poderíamos ser nós. Os doze: escolhidos por Jesus; ao lado do Mestre, na Ceia; abandonaram Jesus. Pedro: amigo de Jesus; negou-O; mas deu a vida por Jesus.
Judas: admirava o Mestre; queria-O como Messias de Israel; entregou Jesus. Guardas: os seguranças do templo; vigilantes da ordem instituída; capturaram Jesus. Sacerdotes e escribas: os caudilhos do ‘sistema’ religioso judaico; incriminaram Jesus. Herodes: um joguete nas mãos dos Romanos; o frívolo; gozou com Jesus. A multidão: gentalha manipulada pela perfídia; ódio sobre Jesus. Soldados romanos: máquinas eficazes de eliminação; brutalizaram Jesus. Barrabás: o guerrilheiro zelota; o felizardo; libertado na vez de Jesus. Pilatos: o Poder; a debilidade da cobardia cínica; ordenou crucificar Jesus. Simão Cireneu: coagido a socorrer o Condenado; carregou a cruz de Jesus. Um dos crucificados: o desespero e a injúria; não compreendeu Jesus. O outro crucificado: o reconhecimento da culpa; entrou no Céu com Jesus. João: um dos doze; um de nós; recebeu Maria como Mãe. O centurião romano: a voz do despertado pelo espanto; reconheceu Deus em Jesus. Algumas mulheres: sempre presentes e atentas; ao lado de Jesus. José de Arimateia: o respeito e o cuidado; deu sepultura a Jesus. Maria Madalena: discípula fiel; primeira nas Aparições de Jesus. Maria de Nazaré: a Mulher e a Esposa de José; Mãe de Jesus. Carlos Jorge: padre diocesano; pecador; um dos discípulos de Jesus. Posso colocar aqui o teu nome?

Esta Páscoa vai deixar uma marca indelével em todos nós. No meio da tempestade, que ainda não acalmou, entremos com Jesus em Jerusalém. O nosso coração ‘colado’ ao d’Ele. Calcorrearemos as vias sinuosas da traição, do abandono, do tumulto, da violência, da morte, da ausência, do vazio. Mas, a Ressurreição de Jesus, confirma que, seja qual for a pandemia, Deus tem sempre a última palavra. O Sonho de Deus para a Humanidade vai permanecer. Nós somos os depositários desse Sonho. Santa Semana e Santa Páscoa!

Um abraço, com muitas saudades, e a bênção de Deus.

Até breve! P. Carlos Jorge

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